terça-feira, 26 de junho de 2012

André da Rocha (RS)





Por volta do ano de 1700, os primeiros missionários jesuítas espanhóis chegaram na região e encontraram somente indígenas conhecidos pelo nome genérico de "Caingangues" ou "Coroados". O Distrito, na época pertencente ao município de Lagoa Vermelha, foi criado pela Lei nº 32, de 08 de novembro de 1904 e contava nesta data com oito habitações e uma capela.

Os primeiros sintomas de progresso da vila surgiram com a fundação no local de uma fábrica de queijos, dando margem para que ficasse conhecida como "fábrica". Em 18 de janeiro de 1926, em homenagem ao primeiro Juiz da Comarca, do município de Lagoa Vermelha, além de dar o nome de André da Rocha ao Distrito conhecido como "Fábrica", era inagurado no salão nobre da Prefeitutar de Lagoa Vermelha um retrato, aonde até 1956 funcionou o Fórum.

O Dr. Manoel André da Rocha foi o primeiro magistrado da Comarca de Lagoa Vermelha, era natural do Estado do Rio Grande do Norte e contraiu matrimônio com uma filha do Dr. Jorge Guilherme Moojen, morador de Lagoa Vermelha.

O juiz André da Rocha, durante a revolução de 1893, participou atiavamente da defesa da cidade de Lagoa Vermelha que havia se tornado reduto republicando. Em 12 de fevereiro de 1903, era nomeado Desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, integrando-se durante mais de três décadas, havendo ocupado a presidência por muitos anos.

Ainda foi um dos fundadores, primeiro Reitor e professor emérito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Dia 24 de abril de 1988 quando uma esmagadora maioria da população decidiu em favor da emancipação de André da Rocha, ela finalmente se concretizou, após muitas tentativas e decepções.

As estradas de chão que ligam André da Rocha à BR 470 e também aos municípios revelam as características essencialmente rurais desta pequena localidade. Gado de leite e corte, plantações de erva-mate, pequenas lavouras e parrreirais integram os cenários do município.

Pelos caminhos sinuosos de André da Rocha ainda surgem figuras típicas da colônia italiana e suas técnicas rudimentares - foices, enxadas, arados puxados por bois. O perfil dos habitantes do interior de André da Rocha, porém, não remete apenas aos traços herdados dos colonos europeus. Os pêlo-duro (habitantes dos campos, descendentes de lusitanos e nativos) também integram às colônias, com seus chapéus, sotaque carregado e cigarros de palha.

Os padroeiros da localidade são São Sebastião e Nossa Senhora das Dores, que possuem festas anuais, homenageando-os.

Fazem parte das belezas naturais do município as cascatas, as coxilhas verdejantes, os pinheirais e os capões da mata nativa.








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