domingo, 1 de julho de 2012

Amazonas




Pertencente à Região Norte do Brasil, é a segunda unidade federativa mais populosa, com seus 3,5 milhões de habitantes em 2010, sendo superado apenas pelo Pará. No entanto, apenas dois de seus municípios possuem população acima de 100 mil habitantes: Manaus, a capital e sua maior cidade com 1,8 milhão de habitantes em 2011 (e efetivamente, a sétima maior do país), que concentra cerca de 60% da população do estado, e Parintins, com pouco mais de 102 mil habitantes. O estado faz limite com o Pará (leste); Mato Grosso (sudeste); Rondônia e Acre (sul e sudoeste); Roraima (norte); além da Venezuela, Colômbia e Peru.

O maior estado brasileiro, com uma área de 1.570.745,680 km². É maior que a área da Região Nordeste brasileira, com seus nove estados.

A área média dos 62 municípios do estado do Amazonas é de 25.335 km². O maior deles é Barcelos, com 122.476 km² e o menor é Iranduba, com 2.215 km² e não estão às margens de rios como alguns afirmam, mas, isto sim, são cortados por grandes rios amazônicos, em cujas margens estão as localidades, as propriedades rurais e as habitações dos ribeirinhos. O Amazonas é ainda o 2º estado mais rico da região Norte, responsável por 32% do
PIB da região.

Abriga a maior e mais populosa cidade da Amazônia, Manaus, com seus 1 832 423 habitantes. A capital amazonense congratula-se ainda como a maior Região metropolitana da região, com população superior aos 2,2 milhões de habitantes. O Pico da Neblina, ponto culminante do Brasil, também se situa em território amazonense.

O descobrimento da região hoje formada pelos Estados do Amazonas e Pará foi de responsabilidade do espanhol Francisco de Orelhana. A viagem foi descrita apontando as belezas e possíveis riquezas do local, com os fatos e atos mais prováveis de chamar a atenção da coroa espanhola. Durante essa expedição (ocorrida à época 1541-42), os espanhóis teriam encontrado as mulheres amazonas guerreiras, sobre as quais há muita fantasia, mitos e folclores.

Após tantas aventuras e descobertas, a região acabou ficando abandonada e caiu no esquecimento, até que os frades Domingos de Brieba e André Toledo, realizando uma nova descida para o rio Amazonas, alcançassem Belém do Pará, despertando o interesse de outros capitães portugueses. Quem assumiu a empreitada foi Pedro Teixeira, um dos maiores matadores de índios daqueles tempos, mesmo depois de a Câmara Municipal de Belém do Pará ter se manifestado contra a saída dos soldados.

A viagem com destino aos confins da Amazônia é feita em 1637, arrastando mais de 2 mil índios e tomando posse da região de Paianino a 16 de agosto de 1639. Desse modo foi justificada a expedição da Carta Régia, que criaria a capitania do Cabo do Norte, em 1637, por Felipe IV da Espanha.

Todo o gasto empreendido pela expedição, no entanto, não era suficiente para salvar a Amazônia daquele tempo do abandono, principalmente o espaço físico enorme que ia da foz do rio Amazonas à província de Quito e dos altiplanos guianenses à Bacia do Mamoré – Guaporé.

Localizada à margem esquerda do rio Negro, Manaus teve origem em um pequeno arraial formado em torno da fortaleza de São José do Rio Negro, criada para guarnecer a região de possíveis investidas dos inimigos, em 1669. Erguida a base de pedra e barro, sem fosso e quadrangular, a construção foi chamada de Forte de São João da Barra do Rio Negro e ficava a três léguas da foz do rio. Durante 114 anos, o forte manteve suas atividades de defesa da região.

O arraial foi fundado em 1669, passando a ser o Lugar da Barra e tornando-se sede da capitania de São José do Rio Negro (ano de 1758). No princípio do século XIX, em 1833, foi elevado à categoria de vila com o nome de Manaós, em homenagem à tribo de mesma denominação que se recusava a ser dominada pelos portugueses e negava ser mão-de-obra escrava (para militares e religiosos). Quando recebeu o título de cidade em 24 de outubro de 1848, era um pequeno aglomerado urbano, com cerca de 3 mil habitantes, uma praça, 16 ruas e quase 250 casas.

O apogeu da capital do Amazonas aconteceu com o “achado”, por parte dos estrangeiros: o látex. Apoiada na revolução financeira e econômica proporcionada pela borracha, a antiga Manaus foi a cidade mais rica do País por muito tempo, conforme relata o escritor amazonense Márcio Souza em “Uma Breve História do Amazonas”. A “metrópole da borracha” tem início em 1900. Nessa época, o crescimento e desenvolvimento da capital acontecem com traços culturais, políticos e econômicos herdados dos portugueses, espanhóis e franceses. A riqueza do latéx proporcionou uma reviravolta estrutural, implantando serviço de transporte coletivo de bondes elétricos, sistema de telefonia, eletricidade e água encanada, além de um porto flutuante, que passou a receber navios de diversas bandeiras e tamanhos.

Depois da borracha veio a Zona Franca de Manaus. A cidade ganhou um comércio de importados e depois um pólo industrial onde se concentram centenas de fábricas. Com a ZFM a capital voltou a experimentar um súbito crescimento demográfico: a população passa de 200 mil habitantes na década de 60, para 900 mil nos anos 80 e, finalmente, 1,5 milhão em 2002, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Grande parte do estado é ocupada por reserva florística e pela água. O acesso à região é feito principalmente por via fluvial ou aérea. Os principais rios são Negro (que banha a cidade de Manaus), Amazonas-Solimões, Madeira, Juruá, Purus, Içá, Uaupés e Japurá. O clima é equatorial úmido e a temperatura média é de 26,7 °C. As estações são bem definidas chuvosa (inverno) e seca ou menos chuvosa (verão). Seu fuso horário é de menos uma horas em relação ao horário de Brasília.



A feliz conjunção dos sabores, odores e cores das frutas amazônicas, passam a ser conhecidas mundialmente. O tradicional vinho (suco) de açaí do ribeirinho amazonense vem conquistando admiradores e entusiastas de várias partes do mundo por causa de suas elevadas propriedades nutricionais. A Floresta Amazônica, que tem seu núcleo mais representativo no Estado do Amazonas, vem ao longo dos anos revelando cada vez mais seu potencial para a geração de riquezas, do qual se destacam o cacau; canela; baunilha (explorados intensamente durante o período colonial); seringueira; balata; guaraná; mirantã; mandioca; camu-camu; cupuaçu; pau-rosa; cumaru; andiroba; copaíba; sorva; e castanha-do-brasil; além de madeiras apreciadíssimas, como o mogno; cedro; cerejeira; itaúba e angelim. Sem desmerecer a beleza das orquídeas e vitórias-régias, a rainha entre os vegetais amazônicos é a portentosa sumaumeira, gigante que alcança 60 metros de altura (o equivalente a um prédio de 20 andares), com uma circunferência de base de mais de 20 metros e uma umbrela que ultrapassa os 100 metros de diâmetro.

À lista infindável das espécies vegetais soma-se a dos animais, com destaque para a onça (jaguar); suçuarana (puma); airuvê (peixe-boi); anta (o maior animal terrestre da América do Sul); capivara (o maior roedor do mundo); amana (boto-vermelho); tucuxi (boto-cinza); ariranha; uacari-branco e sauim-de-coleira, além de uma relação quilométrica de peixes, entre os quais se sobressaem o pirarucu (maior peixe de água doce do mundo); pirarara (bagre); tambaqui; tucunaré; até o humilde e saboroso jaraqui, responsável pela alimentação de boa parcela da população baré. Há também répteis gigantes (o adjetivo é recorrente), como a constritora sucuri (anaconda), que supera os 10 metros; jacaré-açu; e a jiboia; além da venenosíssima surucucu-pico-de-jaca; jacaré-tinga; tartaruga-do-amazonas; tracajá; jabuti; e iguana. Aves maravilhosas povoam o maior Estado brasileiro, como o galo-da-serra; uirapuru; arara; cigana; tucano; e o magnífico uiraçu (gavião-real), senhor absoluto dos céus do Amazonas, cuja envergadura ultrapassa os dois metros, que o torna a maior ave de rapina existente no planeta.

Com vida cultural intensa, na qual se destacam o Festival Folclórico de Parintins, com o duelo dos bumbás Garantido e Caprichoso, o Festival Internacional de Ópera e o Festival Internacional do Cinema de Aventura, o Amazonas possui características muito especiais que se expressam na alegria do povo e nas raízes do folclore regional.

O turismo de natureza, ou ecotursimo, é o principal atrativo dos roteiros do Amazonas. O visitante tem a oportunidade de conhecer, aprender e valorizar a importância da floresta tropical e os habitantes que nela vivem, que são os principais responsáveis pela sua conservação. Por seu contato direto com a natureza, o Estado faz parte dos roteiros oferecidos pelas agências nos programas de barco, pernoites em hotéis de selva e passeios pela floresta. O ecoturismo pode ser praticado no Amazonas durante o ano todo, pois a sazonalidade que ocorre na floresta de várzea, local onde as comunidades vivem, oferece dois belos paisagismos, permitindo ao turista vivenciar a floresta em época de seca e de cheia (alagada). Além das caminhadas na floresta, do passeio de canoa nas trilhas aquáticas, observando a beleza da natureza e os que vivem nela, o turista ainda usufruir da convivência com o homem da floresta conhecendo o seu modus vivendis e interagindo no seu dia-a-dia.

Devido à existência de mais de duas mil espécies de peixes nos rios do Amazonas, a culinária amazonense valoriza, acima de tudo, o pescado. As principais espécies consumidas são o tambaqui, tucunaré, pirarucu, jaraqui, pacu e matrinchã, que são transformados em pratos típicos, servidos fritos, assados ou cozidos.

Não podemos esquecer do tacacá, um caldo fino e bem temperado geralmente com sal, cebola, alho, coentro e cebolinha, tucupi, sobre o qual se coloca goma de tapioca (também conhecida como polvilho), camarão seco e jambu. Serve-se muito quente, temperado com pimenta, em cuias.

A maioria dos pratos cozidos, como a caldeirada, é acompanhada por pirão, uma espécie de massa de farinha de mandioca cozida no próprio caldo de peixe, ou por tucupi, um molho amarelado feito a partir da fermentação do suco da mandioca. Para peixes fritos e assados é indispensável o “baião de dois” (mistura homogênea de feijão, arroz e cheiro-verde) e a farinha de Uarini.

As frutas regionais complementam o cardápio, podendo ser consumidas ao natural ou em forma de sucos, doces, molhos, geléias e sorvetes. Entre as mais apreciadas estão a manga, a pitomba, o cupuaçu, a graviola, a melancia, o tucumã, o taperebá, a piquiá, a pupunha, o araçá-boi, o biribá, o abio, o buriti, a bacaba, o maracujá da terra, o açaí, o patauá e o conhecido guaraná da Amazônia.

No cardápio matinal do amazonense, o café com leite quente acompanhado de um pão francês com tucumã e queijo coalho, também chamado de “x-caboquinho”, virou uma espécie de instituição. Saboroso, também, é degustar a famosa tapioca feita com a massa da mandioca e recheada de tucumã e queijo coalho, ou sozinha na manteiga.

Estas delícias podem ser encontrada nos restaurantes regionais e nos cafés-regionais na cidade de Manaus e nos municípios próximos como Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva e Manacapuru.


SUAS CIDADES:

ALVARAES  -  AMATURA  -  ANAMA  -  ANORI  -  APUI  -  ATALAIA DO NORTE  -  AUTAZES  -  BARCELOS  -  BARREIRINHA  -  BENJAMIN CONSTANT  -  BERURI  -  BOA VISTA DO RAMOS  -  BOCA DO ACRE  -  BORBA  -  CAAPIRANGA  -  CANUTAMA  -  CARAUARI  -  CAREIRO DA VARZEA  -  CAREIRO  -  COARI  -  CODAJAS  -  EIRUNEPE  -  ENVIRA  -  FONTE BOA  -  GUAJARA  -  HUMAITA  -  IPIXUNA  -  IRANDUBA  -  ITACOATIARA  -  ITAMARATI  -  ITAPIRANGA  -  JAPURA  -  JURUA  -  JUTAI  -  LABREA  -  MANACAPURU  -  MANAQUIRI  -  MANAUS  -  MANICORE  -  MARAA  -  MAUES  -  NHAMUNDA  -  NOVA OLINDA DO NORTE  -  NOVO AIRAO  -  NOVO ARIPUANA  -  PARINTINS  -  PAUINI  -  PRESIDENTE FIGUEIREDO  -  RIO PRETO DA EVA  -  SANTA ISABEL DO RIO NEGRO  -  SANTO ANTONIO DO IÇA  -  SAO GABRIEL DA CACHOEIRA  -  SAO PAULO DE OLIVENÇA  -  SAO SEBASTIAO DO UATUMA  -  SILVES  -  TABATINGA  -  TAPAUA  -  TEFE  -  TONANTINS  -  UARINI  -  URUCARA  -  URUCURITUBA




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