terça-feira, 3 de julho de 2012

Feijó (AC)


Localizado na região central do estado do Acre. Limita ao norte com o Amazonas, ao sul com o Peru, a leste com os municípios de Santa Rosa do Purus e Manoel Urbano e a oeste com os municípios de Tarauacá e Jordão. Sua população é de 32 261 habitantes, com uma área de 24.202 km².

O município de Feijó tinha suas terras habitadas pelas tribos Jaminawás, kaxinauwás e Chacauwás. Com a chegada dos nordestinos à foz do rio Envira, em 1879, começou-se a desbravação da região, subindo os rios e igarapés, desmarcando os ‘seus’ lotes e terras e até ‘seringais’. 


No entanto, ocorreram vários conflitos na selva, entre os nordestinos e índios por conta da desocupação dessas áreas de terras, que pouco tempo depois transformaram-se em seringais. É neste contexto que surge à margem esquerda do rio Envira, o Seringal Porto Alegre que mais tarde deu origem ao município de Feijó.

Após alguns anos o seringal tornou-se um vilarejo, e aos 13 de maio de 1906, foi elevado a categoria de vila sob a denominação de Feijó, em homenagem ao Pe. Diogo Feijó, nome que se conserva até hoje. 

A instalação do município deu-se sob o decreto 968 de 21 de dezembro de 1938, sendo o governador do território do acre, o Sr. Dr. Epaminondas Martins e o Prefeito municipal o Sr. Raimundo Augusto de Araújo o primeiro prefeito feijoense.


A Lenda do Açaí




Há muito tempo, quando ainda não existia a cidade de Belém do Pará, vivia no local uma tribo indígena. Nesta época os alimentos eram escassos e por este motivo o cacique tomou uma decisão muito cruel: resolveu que todas as crianças que nascessem a partir daquela data, seriam necessariamente sacrificadas, uma vez que não haveria alimento suficiente para todos.


Porém, Iaça, filha do Cacique, deu a luz a um lindo menino o qual não foi poupado da cruel decisão de seu avô.


A índia chorava todas as noites com saudades de seu filho, até que numa noite de lua cheia, a índia ouviu o choro de uma criança. O choro vinha da direção de uma bela palmeira.


Quando a índia chegou ao local, seu filho a esperava de braços abertos. Radiante de alegria, Iaça correu para abraçá-lo, mas quando o fez, a criança misteriosamente desapareceu. 

No dia seguinte, a índia foi encontrada morta, abraçada ao tronco da palmeira. Seu rosto trazia um suave sorriso de felicidade e seus olhos negros, ainda abertos, fitavam o alto da palmeira que estava carregada de frutinhos escuros.


Então, o Cacique mandou que apanhassem os frutinhos e percebeu que deles poderia se extrair um suco quando amassados, que passou a ser a principal fonte de alimento daquela tribo. Este achado fez com que o Cacique suspendesse os sacrifícios e as crianças voltaram a nascer livremente, pois a alimentação já não era mais problema na tribo.


Em agradecimento ao deus Tupã e em homenagem a sua filha, o Cacique deu o nome de AÇAÍ aos frutinhos encontrados na palmeira, que é justamente o nome de IAÇA invertido.





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